A Polícia Federal abriu inquérito para apurar crime de genocídio e omissão de socorro aos yanomami. A PF deve ouvir ex-agentes públicos que poderiam ter agido para evitar a crise, bem como investigar financiadores do garimpo ilegal na região.
Durante o mandato o ex-presidente Jair Bolsonaro era cobrado sobre ações para combater o garimpo ilegal em território yanomami, que chegou a contaminar solo e água com mercúrio. Segundo relatos, alguns agentes da FUNAI chegaram a ser afastados do cargo por tentarem agir contra a invasão de garimpeiros. A deputada federal Célia Xakriabá chegou a acusar a ex-ministra Damares Alves de pedir que Bolsonaro vetasse o envio de leitos e água potável para o território indígena.
O atual governo decretou estado de emergência e abriu inscrições para profissionais de saúde atuarem como voluntários no território yanomami. “É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está” afirmou Lula.