A Justiça de Alagoas determinou que 11 dirigentes de torcidas organizadas sejam réus por organização criminosa. Segundo as investigações, os acusados levavam o terror às ruas com explosão de bombas, agressões e mortes. A Polícia Civil e o Ministério Público também estão apurando os casos.
Os ataques foram mapeados por um ano. Nos últimos dois anos, a polícia apreendeu pelo menos 50 bombas em Maceió e três pessoas morreram com os ataques. Uma dessas bombas, que estava escondida em uma lixeira, também mutilou a mão de um catador de recicláveis.
“Como eles não conseguem acessar os estádios de futebol, com os artefatos, eles acabam — dias antes — deixando eles escondidos nas proximidades [dos estádios]. Quando eles conseguem ter oportunidade, eles vão lá, alcançam esses artefatos que eles sabem onde previamente esconderam, para usar na guerra”, explicou Lucimério Barros Campos, delegado de polícia.
As bombas eram fabricadas dentro das sedes das torcidas organizadas. Em conversas obtidas pelo Fantástico, um dos “torcedores” diz: “Demorou, mas eu já tô chegando lá, nós tá fazendo aqui as bombas”. Além disso, no dia em que o catador foi atingido, eles colocaram fotos da vítima no grupo de mensagens no WhatsApp e fizeram comentários com risadas.