Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, na terça-feira (13), o secretário da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Pedro Nobre Júnior, afirmou que o monitoramento das minas da empresa iniciou em 2019. Os primeiros tremores no solo próximo às minas da empresa foram registrados em março de 2018 e os equipamentos de monitoramento só foram instalados no ano seguinte.
Na reunião, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), questionou quais órgãos teriam deixado de realizar a fiscalização sobre as atividades da Braskem e dos seus impactos antes do ano de 2019, já que a empresa explora sal-gema em Maceió desde 1976.
Em reposta, o secretário informou que a responsabilidade de fiscalização é do governo federal e do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL). “A responsabilidade, conforme a legislação pertinente ao assunto, é do governo federal por parte da Agência Nacional de Mineração e a instituição de meio ambiente do estado. São as duas esferas que têm a prerrogativa legal de fiscalização”, afirmou Nobre.
Sobre a possibilidade do cr1me ambiental em Maceió ter sido evitado, o secretário esclareceu quanto os indícios de que normas técnicas não foram cumpridas ao longo da exploração do mineral pela Braskem.