Um homem de 21 anos passou quase cinco meses preso após ser acusad0 injustamente de tentativa de feminicídio contra a esposa. A prisã0 ocorreu por um erro da Polícia Civil, que “entrevistou” a mulher entubada no hospital e entendeu que a vítima estava incriminando o marido pelo atropelamento o qual havia sofrido. O caso aconteceu em Goiânia (GO).
Em março deste ano, o casal brigou e se separou, por um caso extraconjugal do homem, descoberto por meio de fotos no celular. E, em uma das brigas que aconteceram depois da separação, a jovem de 19 anos saiu de casa correndo sozinha e foi atropelada em uma via expressa da capital goiana. A mulher ficou ferida e precisou ser entubada.
A delegada Azuen Albarello, responsável pela investigação, visitou a vítima na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e a Policial Civil entrevistou a jovem, que não conseguia falar devido ao tubo endotraqueal em sua boca e não estava com a consciência totalmente recuperada. Na entrevista, a polícia compreendeu que a mulher teria sido vítima de feminicídio. Na ficha do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constava que o caso era de ‘vítima de atropelament0 por carro’.
O homem foi preso no dia 16 de março e só conseguiu o alvará de soltura em 10 de agosto, depois de já ter sido denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e constar como réu no processo. Em setembro ele foi inocentado e o caso arquivado