O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça arquivou um pedido de investigação de Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos pela suposta compra de 51 imóveis em dinheiro vivo entre os anos de 1998 e 2022, em transações que teriam movimentado R$ 18,9 milhões. Conforme o magistrado, não há provas suficientes para abrir uma investigação. A decisão foi publicada no Diário de Justiça nesta segunda-feira (20).
O pedido ao Supremo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) iniciasse o inquérito foi feito pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), em 2022, mas Mendonça recusou. Além do ex-presidente, os filhos do político, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também eram alvos na ação.
Mendonça também argumentou que a reportagem que embasa o pedido feito por Lopes estaria contaminada pelo “contexto político-eleitoral” das últimas eleições presidenciais. “As imputações apresentadas pelo peticionante foram extraídas e estão lastreadas em reportagem de veículo de comunicação, sem que tenham sido apresentados indícios ou meios de prova minimamente aceitáveis que corroborem as informações contidas na referida matéria jornalística”, afirmou o ministro.