Em uma entrevista recente ao jornal O Globo, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, expressou seu desejo de ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto, onde seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, despacha com seus auxiliares. Janja defendeu sua posição, mencionando que a primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete próprio, argumentando que ela também deveria ter esse espaço para se informar e participar das discussões políticas.
Na entrevista, Janja esclareceu que não participa diretamente das reuniões de trabalho de Lula e que suas conversas com o presidente ocorrem dentro de casa, no dia a dia do casal. Ela refutou a ideia de que tenta influenciar decisões políticas e mencionou a necessidade de mais mulheres no governo, enquanto reconheceu a demissão de ministras do Turismo e do Esporte para acomodar homens indicados por partidos do Centrão, ala fisiológica do Congresso.
Janja também criticou os protocolos de cerimônias tanto no Brasil quanto no exterior, onde as mulheres das autoridades são posicionadas atrás dos maridos. Ela afirmou que sempre prefere ficar ao lado de Lula em tais eventos, desafiando as convenções tradicionais. As declarações da primeira-dama provocaram debates sobre o papel ativo das primeiras-damas no cenário político brasileiro e a representatividade das mulheres nos cargos de liderança.