Lula recebe 15 vezes menos deputados e senadores que Bolsonaro no 1o ano de governo

Imagem: Reprodução

No início de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surpreendeu ao transferir a responsabilidade de contatos diretos com deputados e senadores para seus ministros, marcando uma mudança significativa em sua abordagem política. Segundo registros da agenda pública do presidente, Lula teve apenas 13 encontros com deputados e 8 com senadores desde o início de seu governo até meados de outubro, destacando um distanciamento notável em comparação com seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

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Enquanto Lula prioriza interações com figuras-chave, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de membros do PT, Bolsonaro manteve uma presença mais constante, reunindo-se com deputados em 259 ocasiões e senadores em 90 oportunidades.

A estratégia de Lula de focar em um grupo seleto de congressistas, incluindo figuras do próprio partido e lideranças das casas legislativas, marca uma guinada em sua abordagem anterior. Da mesma forma, Bolsonaro optou por priorizar congressistas próximos, como os ex-deputados Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Joice Hasselmann, bem como seus filhos Eduardo e Flávio, que ocupavam cargos na Câmara e no Senado. No entanto, a análise das agendas também revela a presença frequente de líderes partidários em suas interações, indicando uma estratégia mais ampla de construção de coalizões. Essas mudanças sinalizam uma reconfiguração das dinâmicas políticas no cenário brasileiro, com diferentes líderes adotando abordagens distintas para estabelecer conexões no Congresso Nacional.

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