Três crianças perderam a vida em Minas Gerais devido a suspeitas de infecção por Streptococcus pyogenes, levando autoridades de diversas cidades a adotar medidas de emergência para conter a propagação da bactéria. Os casos foram registrados pela Secretaria de Saúde de São João del Rei, localizada a 183 quilômetros de Belo Horizonte, entre os dias 24 de setembro e 23 de outubro. A primeira vítima, uma criança de 10 anos, teve seu óbito atribuído à infecção pela bactéria, embora a confirmação laboratorial ainda esteja pendente. As outras duas mortes, de uma criança de três anos e outra de nove, aguardam a emissão dos laudos pela Secretaria de Saúde.
Além dessas tragédias, quatro crianças da mesma cidade apresentaram sintomas semelhantes e estão sendo monitoradas. O Streptococcus pyogenes, conhecido como estreptococo do grupo A, pode causar diversas infecções em humanos, incluindo faringite, amigdalite, infecções de pele e complicações graves, como febre reumática e glomerulonefrite, se não for tratado adequadamente. Diante de sintomas como febre e garganta inflamada, as autoridades de saúde recomendam procurar uma Unidade Básica de Saúde para diagnóstico correto e tratamento adequado.
Apesar da gravidade dos casos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas (SES-MG) afirmou que não há evidências epidemiológicas que justifiquem a alteração na rotina das atividades da população de São João del Rei, e que não há critérios que comprovem surto ou risco à saúde pública. No entanto, diversas cidades, incluindo São João del Rei, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, Tiradentes e Conceição da Barra de Minas, decidiram suspender as aulas para realizar a descontaminação nas escolas municipais após os casos, como medida preventiva. As autoridades reforçam a importância da higienização das mãos, uso de álcool 70%, fornecimento de utensílios individuais para crianças e consulta imediata em caso de sintomas para prevenir a propagação do Streptococcus pyogenes.