Brasileiros repatriados têm tentado afastar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da operação de resgate em Gaza e tentado atribuir a ação a outros políticos. Desde o último dia 7, quando o grupo Hamas atacou a Israel, cerca de 916 pessoas foram resgatadas pelo governo federal.
Até esta segunda-feira, 16, cinco voos da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxeram brasileiros para o país. O governo também lidera a saída da zona de guerra por meio de voos comerciais.
O líder religioso Felippe Valadão, pastor da Igreja Batista Lagoinha, em Niterói, no Rio de Janeiro, foi um dos resgatados em Israel, mas afirmou que Lula “nada tem a ver” com a sua repatriação. Valadão voltou ao país na última quarta-feira, 11, em um voo comercial. Ele havia ficado preso com um grupo de 103 fiéis em Jerusalém.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor afirmou em culto e nas redes sociais que o responsável por seu resgate foi o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). “Eu quero agradecer publicamente à pessoa responsável por ativar a FAB. Tem gente aí achando que é o Lula que está fazendo isso, mas não é não. A pessoa que é responsável por isso é o deputado Áureo”, disse Valadão.
Outra brasileira também atribuiu a ação a outro político, Rodrigo Maganhato (Republicanos), prefeito de Sorocaba e aliado do ex-presidente, foi agradecido em entrevista a TV Globo. “Graças a Deus a gente saiu. A FAB colocou o nosso nome na lista graças ao prefeito Rodrigo Maganhato e sua equipe de Sorocaba”, disse a mulher. Ela fazia turismo religioso em Jerusalém e voltou ao Brasil no primeiro voo organizado pelo governo.