Maceió, está prestes a dar um salto monumental no campo da saúde com o Complexo Médico Hospital da Cidade. Com mais de 200 leitos, tecnologia de ponta e uma gestão sob o suporte do prestigiado Hospital Albert Einstein, esta é uma conquista digna de aplausos. No entanto, a trajetória até aqui não tem sido isenta de controvérsias políticas.
O Complexo, com previsão de funcionamento no primeiro trimestre de 2024, representa o primeiro hospital público da história da cidade e, sem dúvida, é um marco. Para os defensores, é a materialização de um investimento de R$ 266 milhões anunciado pelo prefeito JHC, que promete elevar Maceió a uma referência nacional em serviços de saúde de alta complexidade. É o pilar de um sistema de saúde de qualidade, com infraestrutura moderna e conforto para pacientes e seus acompanhantes.
Contudo, não se pode ignorar a sombra de uma batalha política que paira sobre esse empreendimento. O senador Renan Calheiros manifestou veementemente sua desaprovação com a decisão de compra do hospital, clamando por uma fiscalização rigorosa por parte do Ministério Público, mas esquece que está enfrentando no Supremo Tribunal Federal cerca de 25 processos, sendo motivo de revolta no meio político. Enquanto isso, um grupo de vereadores de Maceió, alegando irregularidades no processo de compra, apresentou uma ação ao Tribunal de Contas de Alagoas.
Os Calheiros, figura proeminente na política alagoana, não escondem sua insatisfação com o crescimento e o sucesso do prefeito JHC. O novo hospital representa uma conquista política significativa para a gestão, com a promessa de gerar empregos e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
Enquanto as batalhas políticas fervem nos bastidores, os cidadãos de Maceió anseiam por um serviço de saúde de qualidade, que por vezes, nem o estado tem oferecido. Um grande exemplo é o Hospital Geral do Estado, bastante conhecido por oferecer péssimos serviços na saúde, tendo até infestação de ratos nos corredores e péssimo atendimento aos alagoanos. Outra questão é o encerramento das atividades de transplante de fígado em Alagoas, que, por falta de recursos do governo do estado não será mais possível. As estatísticas são promissoras, com a capital ocupando a primeira posição no Nordeste e a segunda no ranking nacional do Previne Brasil, que avalia a qualidade da Atenção Primária. Isso demonstra que a Prefeitura está comprometida em proporcionar um atendimento médico de excelência.
O Complexo Médico Hospital da Cidade é uma iniciativa com potencial transformador para Maceió. Porém, para que seus benefícios sejam plenamente alcançados, é essencial que as questões políticas sejam resolvidas de maneira transparente e de acordo com a lei.