Jean Wyllys, ex-deputado federal pelo PT, afirmou ter perdido a oportunidade de assumir um cargo na Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom) devido à “homofobia”. Ele descreveu isso como um “livramento” em suas redes sociais. Sua nomeação na Secom, sob a coordenação do ministro Paulo Pimenta, foi questionada após uma polêmica discussão nas redes sociais com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Após o governo de Lula encerrar o modelo de gestão cívico-militar nas escolas, Jean Wyllys criticou publicamente o governador Leite por manter essa abordagem em seu estado. Isso levou a um confronto nas redes sociais, onde Wyllys questionou a postura do governador gay adotando tal medida.
“Que governadores héteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, ‘bee’ (gíria para homem homossexual)”, disse o ex-deputado. Leite respondeu chamando a manifestação de Wyllys de “deprimente e cheia de preconceitos”.
No dia 15 de setembro, o Ministério Público do Rio Grande do Sul entrou com uma ação criminal contra o ex-deputado, pedindo sua condenação por injúria. Isso ocorreu porque, normalmente, a vítima precisa iniciar o processo em casos desse tipo, mas o MP assumiu o caso de Leite devido ao seu status de funcionário público em exercício.