Uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Alagoas, em colaboração com órgãos da Receita Federal e a Polícia Civil de São Paulo, revelou que uma quadrilha especializada em falsificação de documentos, fraudes ideológicas e lavagem de dinheiro operou de maneira significativa no estado de Alagoas, movimentando mais de R$ 220 milhões por meio da emissão de 1.642 notas fiscais falsas. Em uma ação realizada em 28 de setembro, 10 empresas dos setores químico e plástico, bem como 18 indivíduos vinculados às atividades fraudulentas, foram alvos de medidas judiciais.
A 17ª Vara Criminal de Maceió emitiu um total de 31 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva contra suspeitos que estavam envolvidos na constituição fraudulenta de empresas.
Além do montante impressionante de R$ 220 milhões movimentados por meio das notas fiscais falsas, a organização criminosa também teria movimentado aproximadamente R$ 200 milhões em tributos federais em Alagoas, conforme estimativa da Receita Federal do Brasil. Esses valores serão alvo de futuras ações fiscais conduzidas por autoridades estaduais e federais. Os crimes eram perpetrados não apenas na capital de São Paulo, mas também em vários municípios, incluindo Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Tiête, Porto Feliz, Pilar do Sul, Cerquilho, Votorantim, Mauá, Leme, Guarulhos e Indaiatuba. Como parte das medidas judiciais, propriedades, veículos, contas bancárias e outros ativos em nome dos envolvidos foram bloqueados para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo grupo criminoso.