A empregada doméstica de 50 anos, mantida em condições análogas à escravidão na casa do desembargador Jorge Luiz de Borba e da esposa dele, Ana Cristina Gayotto de Borba, retornou à residência da família após autorização de autoria de André Mendonça, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A mulher havia sido resgatada no dia 6 de junho pela Polícia Federal e, desde então, estava em uma instituição de acolhimento. Segundo relato de funcionários da casa do desembargador, obtidos pelo Estadão, a vítima é surda, não sabe ler nem escrever e se comunicava por meio de grunhidos. Ela foi levada para o local aos 9 anos e hoje tem 50. Também não teve acesso à educação formal e tinha atendimento médico negado pelos investigados em diversas ocasiões.
“Puxões de cabelo, quarto mofado, pus no ouvido, dores de dente, massagem nos pés da patroa, roupas “nojentas” e assaduras sob os seios” foram algumas situações as quais a mulher era submetida, conforme as testemunhas.
A vítima voltou a casa na quarta-feira (6), véspera do feriado da Independência. O encontro de Borba e Ana Cristina com a vítima aconteceu dentro da instituição de acolhimento e foi filmado, com a presença dos advogados de ambas as partes.









