Baseado em um relatório da Polícia Federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, afirmou que investigações apontam a suspeita de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha utilizado a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras.
O ministro utilizou as informações do relatório na sua decisão que autorizou uma operação que executa mandados de busca e apreensão relacionados ao ex-presidente no caso das joias enviadas por autoridades sauditas, deflagrada nesta sexta-feira (11).
Para Moraes, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, órgão responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao presidente da República, pode “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”.
A PF aponta, diz Moraes, “indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação do GADH/GPPR [o gabinete de documentação]”.