Na corrida política para as eleições de 2024, a subdivisão entre os partidos da base governista – notadamente o MDB, o PSB e o PDT – promete trazer desafios intrigantes para o palácio. À medida que municípios se preparam para o embate nas urnas, a administração precisará gerenciar disputas ‘caseiras’ entre essas siglas.
Um cenário exemplar emerge em Maribondo, onde a atual prefeita, após apoiar Paulo Dantas em 2022, mantém-se conectada ao mesmo grupo político. Enquanto Leopoldina Amorim (MDB) cumpre seu segundo mandato como líder do executivo local, ela trabalha nos bastidores para lançar seu sobrinho, Jorjão Amorim, atual chefe de gabinete da prefeitura, como seu sucessor.
Porém, as águas turbulentas da política local apresentam um concorrente robusto dentro da própria estrutura estadual – o atual secretário de ressocialização do estado, Diogo Teixeira, que busca romper a hegemonia de Leopoldina em Maribondo. Com vigor, ele viabiliza a candidatura de seu irmão, Bruno Teixeira, atraindo ainda mais força ao seu lado. Com a presidência municipal do PSB nas mãos de Bruno Teixeira e o respaldo da filha de Paulo Dantas, a competição ganha dimensões complexas. Enquanto o governador até o momento não interfere, fortalece laços com Leopoldina. Em uma futura visita a Maribondo, Dantas entregará obras cruciais para celebrar o aniversário da cidade ao lado da prefeita.
No entanto, a permissão para que o irmão de seu secretário lidere um partido da base na cidade sugere uma lealdade duradoura. À medida que dilemas semelhantes se desenrolam em outros municípios, o governador enfrentará um verdadeiro desafio de equilíbrio, ajustando estratégias para manter a unidade e a proximidade entre aliados.