Nesta terça-feira (25) durante a live semanal promovida pela comunicação institucional do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações polêmicas sobre os clubes de tiro no Brasil. Lula afirmou que é necessário fechar a maioria desses estabelecimentos e que não considera os donos desses locais como empresários.
O ex-presidente declarou: “Eu, sinceramente, não acho que o empresário que tem um lugar de praticar tiro é empresário.” Além disso, ele defendeu a ideia de que apenas os clubes de tiro vinculados às forças de segurança – Polícia Militar, Exército e Polícia Civil – devem permanecer abertos para treinamento de tiro. Segundo Lula, a sociedade brasileira não deveria ter acesso a esses espaços.
Essas declarações foram feitas após a assinatura, na última sexta-feira, 21, de um novo decreto pelo presidente Lula que torna mais rigoroso o controle de armas de fogo no país. O decreto limita o acesso de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs) a armas de fogo, além de restringir o uso de alguns calibres. O presidente também criticou a gestão anterior de seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusando-o de agradar ao crime organizado com sua política armamentista. As declarações de Lula geraram reações no Congresso, com deputados de oposição apresentando um projeto para tentar sustar os efeitos do decreto presidencial.
O cenário político em relação ao controle de armas no Brasil segue sendo alvo de debates e divergências, com diferentes visões sobre a regulamentação e o acesso a armas de fogo no país. As declarações do presidente Lula prometem gerar ainda mais discussões sobre o tema nos próximos dias.