Em Cabo Verde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter “profunda gratidão” pela África por “tudo que foi produzido nos 350 anos de escravidão”, e afirmou que a forma que o Brasil pode reparar a dívida histórica com o continente pode ser por meio de transferência tecnológica e ajuda com capacitação de profissionais.
“Nós, brasileiros, somos formados pelo povo africano. Nossa cultura, nossa cor, nosso tamanho são resultado da miscigenação de índios, negros e europeus”, disse Lula.
Está foi a primeira viajem de Lula à África neste seu terceiro mandato, lá ele revelou sua vontade em renovar boa relação com os países do continente, abrir novas embaixadas e ajudá-los. “Queremos agora, com minha volta à Presidência, recuperar a boa e produtiva relação que o Brasil tinha com o continente africano.”
O presidente, mesmo sem citar nomes, não perdeu a oportunidade de alfinetar Bolsonaro ao dizer que o Brasil poderia ter ajudado africanos, durante o período pandêmico, na produção de vacinas contra a Covid, se não tivesse um governo negacionista à época. “Lamentavelmente, tivemos um desgoverno que não cumpriu com aquilo que é essencial que é cuidar do ser humano.”