O ex-governador de Alagoas, Renan Filho, deixou rastros em seu mandato que poderão ser utilizados por seus adversários políticos, conforme avaliação de políticos experientes. Entre as questões que têm sido discutidas, destaca-se o caso em que utilizou seu poder para nomear sua esposa, Renata Calheiros, para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE-AL). Esse episódio tem gerado críticas em relação ao favorecimento familiar. Além disso, as enchentes que têm ocorrido em Alagoas têm proporcionado um discurso negativo contra Renan Filho, que é considerado um potencial candidato à Presidência do MDB.
Experientes políticos apontam que, como prefeito de Murici (2005-2010), deputado federal (2011-2015) e governador de Alagoas (2015-2022), Renan Filho vivenciou várias tragédias causadas pelas enchentes, porém, não teria adotado medidas efetivas para solucionar o problema. Agora, como senador eleito e influente ministro dos Transportes no governo de Lula, surge uma nova oportunidade para que ele possa agir diante das adversidades e realizar ações concretas.
Prefeitos e secretários municipais das regiões frequentemente atingidas pelas enchentes defendem que a solução vai além da construção de barragens de alto custo. Eles argumentam que é necessário realizar a dragagem de lagoas e margens dos rios, bem como investir no reflorestamento e na recuperação das áreas de mata ciliar.
Os mais experientes destacam que, em algum momento, as consequências de ações ou omissões sempre chegam. Políticos tanto da oposição afirmam que essa conta parece estar sendo endereçada ao filho do também senador Renan Calheiros, ou seja, a Renan Filho. Os próximos passos de Renan Filho serão observados de perto por seus adversários políticos, que estarão atentos a qualquer oportunidade de questionar suas ações e argumentar que ele não cumpriu efetivamente suas responsabilidades diante das tragédias enfrentadas por Alagoas.