Enfrentando duas ações de investigação que tramitam no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) corre alto risco de ser cassado. Diante disto, no Paraná, políticos já colocaram suas “campanhas na rua”, de olho na possibilidade de uma eleição suplementar.
Mesmo sendo uma hipótese, a cassação de Moro é dada como certa e quase dez nomes já se projetaram como candidatos para ocupar a cadeira do ex-juiz. “Tenho um projeto claro: vou concorrer à vaga do atual senador Moro. Estou em campanha, fazendo articulação política. Vou participar deste processo da eleição suplementar”, admite o deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP-PR), secretário da Indústria da gestão Ratinho Junior (PSD) no governo do Paraná, e ex-líder de Bolsonaro (PL) na Câmara.
“O caso do Moro é idêntico ao caso da juíza Selma. O tribunal tem direito de mudar seu entendimento, mas a jurisprudência diz que sim, que ele será cassado”, afirma Barros, em referência ao caso de Selma Arruda (Podemos-MT), a Juíza Selma, cujo mandato no Senado foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em dezembro de 2019, por caixa dois e abuso de poder econômico.
Outros nomes como o do deputado federal Sérgio Souza (MDB), o da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, o deputado federal Zeca Dirceu e o ex-governador do Paraná Roberto Requião já mostraram interesse pela vaga.
Foi apurado ainda que o próprio ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos), também que entrar na disputa. Vale salientar que o mesmo teve o mandato de deputado federal do Paraná cassado pelo TSE. Aliados acreditam que a condição de inelegibilidade apontada pelo TSE não está clara e que haveria brecha jurídica para ele disputar eleições