A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 8,3% no trimestre em maio deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice do período entre março e maio foi menor do que o registrado no trimestre móvel de fevereiro a abril de 2023 (8,6%) e recuou 1,5 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior (9,8%). Trata-se do menor nível de desemprego para um trimestre móvel encerrado em maio desde 2015, quando a taxa também ficou em 8,3%.
O índice de desemprego de maio veio dentro das expectativas do mercado. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, estimava uma taxa de desocupação justamente de 8,3%. “Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.
De acordo com o levantamento do IBGE, a população desocupada do país diminuiu 3% em relação ao trimestre anterior, o que significou 279 mil pessoas a menos à procura de trabalho. Em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 15,9%, menos 1,7 milhão de pessoas. Já o contingente de pessoas ocupadas, 98,4 milhões, ficou estável em relação ao trimestre anterior e aumentou 0,9%, mais 884 mil pessoas, na base de comparação anual.
De acordo com os dados do IBGE, o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro foi de R$ 2.901 em maio, o que indica estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 6,6%.
Principais resultados da pesquisa
- Taxa de desemprego: 8,3%
- População desocupada: 8,9 milhões de pessoas
- População ocupada: 98,4 milhões
- População fora da força de trabalho: 67,1 milhões
- População desalentada: 3,7 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 12,9 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
- Trabalhadores informais: 38,3 milhões
- Taxa de informalidade: 38,9%