A apresentadora Natuza Nery afirmou que o caso de Tainara Souza Santos “reafirma o que é ser mulher num país violento como o Brasil”, ao comentar a morte da jovem de 31 anos durante o programa Edição 18, exibido nesta quinta-feira (25). A jornalista destacou o impacto das imagens feitas logo após o crime, nas quais a vítima, gravemente ferida, ainda tentava preservar sua dignidade enquanto aguardava socorro.
Tainara morreu na noite de quarta-feira (24), após não resistir às complicações causadas por um atropelamento intencional ocorrido em 29 de novembro, na Marginal Tietê, em São Paulo. Ela foi atingida e arrastada por cerca de um quilômetro pelo ex-ficante, sofreu ferimentos gravíssimos e teve as duas pernas amputadas durante o período de internação.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, com a confirmação da morte, o caso passou a ser registrado como feminicídio consumado. O suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, está preso desde 30 de novembro e deve responder pelo crime.
“Então, a única palavra que eu tenho pra ver se a gente dá conta de melhorar, é a gente todo dia se lembrar que a gente tem que ensinar os nossos filhos a nunca agredir uma mulher. E a gente tem que ensinar as nossas filhas a nunca, nunca perdoar uma agressão. Nunca perdoar uma agressão psicológica e muito menos uma agressão física. Do contrário, a gente vai continuar sendo o quinto país mais violento do mundo para as mulheres. E quatro de nós, em média, por dia, vão embora por causa do feminicídio”, completa a apresentadora.
O caso gerou forte repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a violência extrema contra mulheres, a exposição de vítimas em situações de sofrimento e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para o enfrentamento do feminicídio no país.







