O Agora Alagoas entrevistou nesta terça-feira (23) a advogada Amanda Montenegro que está a frente da defesa do influenciador Kel Ferreti, preso neste domingo (21) após se apresentar à Polícia Civil de Alagoas. Ferreti foi condenado por estupro contra uma enfermeira. A prisão ocorreu três dias após a decisão judicial que determinou seu retorno à cadeia.
“Desde o momento da decisão da Justiça, o Kel permaneceu em sua residência, no endereço que tinha sido informado as autoridades e usando o monitoramento eletrônico. Como a Polícia não foi efetuar a sua prisão e cumprir o seu mandado, a defesa entendeu por apresenta-lo espontaneamente, demonstrando a sua boa fé, isto pois o Kel nunca teve a intenção de se furtar da aplicação da lei penal e nem empreender fuga. Sobre a audiência de custodia, é preciso ter em mente, que o juiz plantonista, não tinha legitimidade, nem competência para adentrar no mérito da prisão”, reforçou a defesa.
Amanda também destaca que o caso foi levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), entidade que teria competência para arbitrar o pedido de Habeas Corpus e revogar a prisão preventiva: “estamos aguardando a deliberação”, concluiu.
De acordo com decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), o influenciador descumpriu medidas cautelares, o que levou a vítima a acionar três vezes o botão de pânico. Além disso, Ferreti mudou de endereço sem comunicar à Justiça e participou de festas e shows. Contrariando as afirmações, Kel Ferreti mostrou ao Agora Alagoas momentos em que a tornozeleira eletrônica estava em mau funcionamento, em locais como a sua propria casa. Os argumentos foram rejeitados pela Justiça.
Segundo o Ministério Público, Kel Ferreti foi condenado em primeira instância a 10 anos de prisão em regime fechado. Em recurso, a pena foi reduzida para 7 anos, 8 meses e 5 dias, com início em regime semiaberto.







