O Ministério Público de Alagoas se pronunciou sobre a nova prisão de Kel Ferreti, condenado por estupro, e afirmou que a medida foi necessária após o descumprimento reiterado das regras impostas pela Justiça para que ele respondesse em liberdade.
Segundo o MP, mesmo beneficiado com medidas cautelares, Kel Ferreti ignorou determinações básicas, como o uso correto da tornozeleira eletrônica, a permanência na comarca e a obrigação de informar o endereço atualizado à Justiça.
De acordo com o órgão, publicações nas redes sociais indicaram deslocamentos incompatíveis com o monitoramento eletrônico. Além disso, a vítima acionou o botão do pânico em pelo menos três ocasiões, o que aumentou a preocupação com a segurança.
O Ministério Público também constatou que Kel Ferreti não residia mais no endereço informado no processo, sem qualquer comunicação à Justiça. Para o MP, o histórico de descumprimentos mostrou que as medidas adotadas não foram suficientes para garantir a proteção da vítima e o cumprimento das decisões judiciais, o que motivou o pedido de nova prisão, acolhido pela Justiça.
Em nota, o promotor José Carlos Castro afirmou que crimes de estupro deixam marcas permanentes e que o desrespeito às regras impostas demonstra desprezo pelas decisões judiciais e pela segurança da vítima.
Além das violações apontadas no processo, relatos de pessoas que estavam em um bar na parte baixa de Maceió, na noite da última quarta-feira (17), indicam que Kel Ferreti se envolveu em uma confusão durante a transmissão de um jogo do Flamengo. Segundo testemunhas, ele teria gravado vídeos provocando outro torcedor, o que gerou reação imediata e discussão no local. Ainda conforme os relatos, Kel Ferreti deixou o local discretamente e mudou de mesa após a discussão.
