O governo federal estuda oferecer teleatendimento psicológico e psiquiátrico, a partir de 2026, para pessoas com comportamento compulsivo em apostas on-line. A iniciativa foi destacada nesta segunda-feira (15) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que classificou o problema como uma emergência de saúde pública.
Em entrevista ao programa ‘Bom dia, Ministro’, da Rede EBC, Padilha disse que a medida faz parte de um conjunto de ações coordenadas entre os ministérios da Saúde e da Fazenda para enfrentar o avanço do vício em jogos eletrônicos. Entre as medidas está o lançamento de um observatório sobre apostas e de uma plataforma de autoexclusão, que permite ao usuário bloquear o acesso a sites de apostas por meio do CPF. A ferramenta está disponível no Meu SUS Digital e inclui um teste para identificar sinais de comportamento compulsivo. Uma vez feito o bloqueio, o usuário não consegue mais apostar, mesmo que receba publicidade das plataformas.
O ministro afirmou que o teleatendimento busca alcançar pessoas que não procuram os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 5 mil atendimentos relacionados a apostas foram registrados neste ano nesses centros, número considerado baixo frente à dimensão do problema.









