Cerca de 9,8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil estão na situação chamada de “Nem-Nem”, não estudam e nem exercem alguma profissão. Esse contingente representa cerca de 15% da população dessa faixa-etária. É observado também um destaque para as idades entre 18 e 24 anos, na qual a taxa sobe para 24,4%.
Os motivos são vários, mas em sua maioria é destacado a falta de oportunidade. “É um problema complexo e, como todo problema desse tipo, tem muitas causas. Começa pela questão social. São jovens que, muitas vezes, precisam trabalhar para ajudar em casa, mas não conseguem emprego. O Brasil não é um país que esteja caminhando para ampliar o mercado de trabalho. Ele vem de uma sucessão de crises e passa por um processo de desindustrialização. O setor de serviços, que é o que mais emprega, é um setor muito suscetível às crises, porque depende das pessoas terem dinheiro para consumir”, resume o coordenador da Associação Brasileira de Economistas Pela Democracia (Abed), o economista Paulo Bretas.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira(07) pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). É destacado também, que a maior parte dos jovens “Nem-nem” estão nas faixas de menor renda da sociedade.