O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (2) que qualquer país que enviar drogas aos Estados Unidos poderá ser alvo de ações militares americanas, ampliando o tom de ameaça que vinha sendo direcionado sobretudo à Venezuela. A declaração reforça a estratégia de Washington de adotar uma postura mais agressiva no combate ao narcotráfico, vinculando o tema diretamente à segurança nacional dos EUA.
A fala ocorre no contexto da operação militar norte-americana em curso nas águas da América Latina, uma campanha que Trump descreve como uma das maiores já empreendidas na região para barrar organizações criminosas transnacionais. Navios de guerra, aeronaves e equipes de inteligência foram mobilizados para ampliar a vigilância marítima e interromper rotas de tráfico que, segundo o governo americano, alimentam redes violentas e ameaçam a população dos Estados Unidos.
Além do objetivo oficial de sufocar o narcotráfico, a iniciativa tem um componente político evidente: pressionar o regime de Nicolás Maduro, apontado por Washington como conivente com cartéis e grupos armados. A ofensiva militar, portanto, vai além do discurso antidrogas e se insere em uma estratégia de isolamento do governo venezuelano, num momento em que os EUA tentam ampliar apoio internacional para a saída de Maduro do poder.












