Na quinta-feira desta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministroda Justiça, Flávio Dino (PSB), estiveram em reunião e discutiram a atuação da Polícia Federal contra pessoas ligadas a parlamentares. Lira manifestou interesse em saber o que aconteceu antes e depois do início do processo, e se estava relacionado a acontecimentos políticos. O encontro entre os dois foi revelado pelo portal Metrópoles.
Dino disse ao deputado que não teve qualquer influência na investigação e não foi informado com antecedência sobre o andamento, segundo uma fonte familiarizada com a conversa. Integrantes do grupo político Lira, que são líderes do partido, destacaram que a data da medida coincidiu com a votação na Câmara dos Deputados de uma importante medida provisória do presidente Lula.
A coincidência levantou suspeitas de que o governo estaria usando a Polícia Federal para ir de contra Lira, visto que ele, quase infligiu uma grande derrota ao governo ao adiar na última hora a votação das medidas provisórias de reestruturação da Esplanada dos Ministérios.
Membros do governo Lula negaram que a operação fosse uma forma de retaliação, afirmando que a Polícia Federal teve que adiar devido à presença de pessoas sob investigação no exterior. Ela já estava marcada para 23 de maio mas só pode ser deflagrada na última quinta-feira (01), quando os investigados chegaram ao Brasil.