Para além da surpresa da paternidade, o artista e assistente audiovisual Beijamin Aragão, homem trans, precisou enfrentar uma série de desafios desde o momento em que descobriu ,no ano passado que estava grávido. Em 2025, ele se tornou pai de uma criança, fruto da relação com a produtora cultural Ella Monstra, que é travesti.
A gestação trouxe mudanças físicas e emocionais, mas também escancarou barreiras estruturais que ainda ignoram realidades fora do padrão cisgênero. Mesmo com plano de saúde, Beija precisou enfrentar desde atendentes de recepção que não sabiam como lidar com um “homem grávido” até sistemas médicos incapazes de registrar a gestação em um corpo masculino.
“Tudo parecia desenhado para excluir qualquer pessoa que não fosse uma mulher cis”, relata ele, ao lembrar que o próprio sistema do plano de saúde não permitia incluir “homem” nas opções relacionadas à gravidez.









