O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está dividido sobre a proposta de conceder assistência humanitária e econômica a familiares de mortos em megaoperações policiais realizadas no Rio de Janeiro.
A discussão ganhou força após uma grande operação policial que resultou em mais de 100 óbitos, na qual corpos foram levados por moradores para uma praça.
A ala progressista do governo, liderada pelo Ministério da Igualdade Racial e pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, defende veementemente que o Estado deve prestar auxílio às famílias afetadas pelas mortes, muitas delas moradoras de comunidades vulneráveis. Esses ministérios argumentam que a assistência é um dever humanitário e de reparação.
No entanto, a ideia enfrenta forte resistência em outras esferas do governo e no núcleo político do Planalto.
A principal preocupação dos setores que divergem é o custo político e a dificuldade de diferenciação entre vítimas inocentes e criminosos nas operações. Há o receio de que tal assistência possa ser interpretada pela oposição como um “benefício” a familiares de traficantes.










