A comunidade acadêmica da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Campus Arapiraca foi abalada pela morte do estudante Daniel Igor Cordeiro Perboire, concluinte do curso de Medicina, ocorrida a poucos dias da cerimônia de formatura.
Natural de Delmiro Gouveia, Daniel havia solicitado formalmente à coordenação do curso de Medicina da UFAL – Arapiraca autorização para realizar o estágio final do internato médico em sua cidade natal, a fim de permanecer próximo da família e contar com uma rede de apoio emocional.
O pedido, segundo pessoas próximas ao estudante, não recebeu resposta por parte da coordenação, o que o deixou profundamente abalado.
Nos últimos meses, Daniel enfrentava dificuldades psicológicas relacionadas à pressão e à carga emocional intensa do internato, período em que os estudantes assumem rotinas exaustivas em hospitais e unidades de saúde. A tentativa de transferência visava aliviar esse quadro, permitindo-lhe concluir a formação em um ambiente mais acolhedor e familiar.
Colegas relataram que o estudante vinha demonstrando sinais de exaustão emocional e ansiedade, e que aguardava ansiosamente uma definição sobre seu pedido. “Ele apenas queria terminar o curso perto da família, com o suporte emocional de quem o amava. Infelizmente, essa resposta nunca veio”, relatou um colega de turma.
A morte do futuro médico ocorre a apenas uma semana da formatura, o que gerou grande comoção entre alunos, professores e profissionais da área da saúde. Nas redes sociais, colegas têm compartilhado homenagens e reflexões sobre a necessidade de mais empatia, diálogo e acolhimento psicológico nas universidades.
Docentes também destacam a importância de que o caso sirva de alerta institucional. “O internato é uma fase de intensa cobrança e vulnerabilidade emocional. A escuta e a sensibilidade das coordenações são fundamentais para evitar que situações como essa se repitam”, afirmou um professor próximo ao estudante.
Até o momento, a UFAL não divulgou nota oficial sobre o falecimento nem sobre o trâmite do pedido de estágio formulado por Daniel Igor. O corpo do estudante foi velado e sepultado em Delmiro Gouveia, onde familiares, amigos e conterrâneos prestaram as últimas homenagens a um jovem que sonhava em exercer a Medicina com dedicação e humanidade.









