O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas a Israel nesta segunda-feira (22), durante a Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, realizada na sede da ONU, em Nova York. Lula afirmou que há “genocídio” e “limpeza étnica” em andamento na Faixa de Gaza e cobrou da comunidade internacional medidas concretas para a criação do Estado Palestino.
Em seu discurso, o petista destacou que os ataques israelenses têm como objetivo inviabilizar a formação de um Estado palestino. “Como falar em território diante de uma ocupação ilegal que cresce a cada novo assentamento? Como manter uma população diante da limpeza étnica à qual assistimos em tempo real?”, questionou. Lula acrescentou que “não há palavra mais apropriada para descrever o que está acontecendo em Gaza do que genocídio” e condenou tanto os atos terroristas do Hamas quanto a “matança indiscriminada de civis” por Israel.
A conferência foi convocada pela França e pela Arábia Saudita e marcou um avanço no reconhecimento internacional da Palestina. Além do anúncio francês, Reino Unido, Portugal, Austrália e Canadá também oficializaram apoio à criação do Estado Palestino. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, participou por videoconferência, reforçando a legitimidade do movimento.
Lula afirmou ainda que o Brasil vai reforçar o controle da importação de produtos de assentamentos israelenses e manterá suspensas as exportações de materiais de defesa que possam ser usados no conflito. O presidente sugeriu a criação de um mecanismo internacional inspirado no Comitê contra o Apartheid, destacando que o que ocorre em Gaza “não é apenas o extermínio do povo palestino, mas uma tentativa de aniquilar seu sonho de nação”.










