8 de dezembro de 2025
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Senado aprova mudanças na Lei da Ficha Limpa e reduz prazo de inelegibilidade

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado.

O Senado aprovou nesta terça-feira (2) o projeto de lei complementar que altera as regras da Lei da Ficha Limpa, reduzindo o prazo de inelegibilidade. A proposta, de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, recebeu 50 votos favoráveis, entre eles o do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e 24 contrários. O texto segue agora para sanção presidencial.

A principal mudança prevista é a antecipação da contagem da inelegibilidade: o período de oito anos passa a ser contado a partir da condenação, e não mais após o cumprimento da pena. O projeto também fixa em 12 anos o limite máximo de inelegibilidade em casos de improbidade administrativa. Caso entre em vigor, a regra terá aplicação imediata, inclusive sobre condenações já existentes.

A versão final aprovada incluiu uma adequação sugerida pelo senador Sergio Moro (União-PR), que manteve o prazo atual para crimes considerados mais graves, como delitos contra a administração pública e lavagem de dinheiro. Nesses casos, o prazo continua valendo a partir da condenação colegiada e só termina oito anos após o cumprimento da pena. Para Moro, os ajustes preservaram “a essência da Lei da Ficha Limpa, uma das mais importantes iniciativas legislativas das últimas décadas”.

O presidente do Senado também defendeu a mudança. “A inelegibilidade não pode ser eterna! Está no texto da lei: oito anos. Não pode ser nove nem 20. E o meu voto é sim”, afirmou Davi Alcolumbre, ao justificar seu apoio ao projeto.