O implante contraceptivo hormonal, Implanon, passa a ser oferecido de forma obrigatória pelos planos de saúde a partir desta segunda-feira (1º). A medida é válida para pessoas de 18 entre 49 anos e foi determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em reunião realizada no dia 8 de agosto.
O Implanon é uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço, em um procedimento simples realizado em consultório médico com anestesia local. O implante libera continuamente o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona, que impede a ovulação e, consequentemente, a gestação. Com duração de até três anos, o dispositivo é considerado o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. A taxa de falha é de 0,05%, menor que a da vasectomia (entre 0,1% e 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%).
O Implanon é um método seguro e eficaz, porém é contraindicado o uso por pessoas com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem diagnóstico ou alergia ao etonogestrel. Os efeitos colaterais mais comuns são dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação; e em casos raros, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas no procedimento. Por ser uma medida nova, caso haja negação do plano de saúde na adesão, a recomendação é que a solicitante registre reclamação diretamente na operadora e, se não houver solução, acione a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pelos canais oficiais.
Em julho, o Ministério da Saúde confirmou a incorporação do implante ao Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é que a rede pública passe a oferecer o método ainda neste ano.










