A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao pedido da Polícia Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que agentes permaneçam em tempo integral dentro de sua residência. A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes e tem como objetivo reforçar o cumprimento da prisão domiciliar e prevenir uma possível fuga.
O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, classificou a medida como “constrangedora” e “desnecessária”, ressaltando que a decisão de Moraes já havia determinado policiamento apenas no entorno da casa, preservando a inviolabilidade do domicílio. Ele destacou ainda que o ex-presidente vive no local com a esposa, a filha e a enteada, o que reforçaria o caráter intrusivo da medida solicitada pela PF.
Aliados de Bolsonaro também se manifestaram contra o pedido, afirmando que, se aceito, seria preferível a prisão em unidade prisional a ter agentes permanentes dentro da residência. Em ofício, a PF justificou a necessidade do monitoramento interno apontando falhas possíveis no uso de tornozeleiras eletrônicas, como falhas de sinal ou interferências deliberadas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, recomendou apenas a presença de equipe policial ostensiva no entorno da casa. O pedido da PF já foi encaminhado por Moraes à PGR para análise e manifestação.










