O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mencionou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos ao determinar, nesta terça-feira (26), o reforço do policiamento ostensivo na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Moraes, o filho do ex-presidente estaria agindo para interferir diretamente na ação penal da suposta trama golpista, com o objetivo de evitar uma decisão definitiva da Corte.
A medida atendeu a um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que apontou risco concreto de fuga de Bolsonaro. Em ofício, a PF mencionou a possibilidade de o ex-presidente buscar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de dez minutos de sua casa, e solicitar asilo político. Caso isso ocorresse, decisões judiciais brasileiras não poderiam ser cumpridas no local sem autorização do governo norte-americano.
No documento, Moraes destacou que as tentativas de Eduardo Bolsonaro de interferir no processo aumentaram com a proximidade do julgamento, marcado para começar em 2 de setembro. O deputado, que vive nos Estados Unidos desde março, teve o prazo de afastamento da Câmara encerrado em julho e corre risco de perder o mandato caso não retorne ao Brasil.
Eduardo tem alegado ser alvo de perseguição por parte de Moraes, o que, segundo ele, o impede de voltar ao país. Na semana passada, anunciou que pretende enviar um ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para defender a manutenção de seu mandato.










