8 de dezembro de 2025
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Escolas recusam filha de Cássio por não aceitarem profissional de apoio

O goleiro Cássio Ramos, do Cruzeiro, fez um desabafo nas redes sociais sobre a dificuldade em matricular sua filha, Maria Luiza, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em escolas de Belo Horizonte. Segundo ele, a negativa vem quase sempre pelo mesmo motivo: a presença da profissional que acompanha a menina desde os dois anos de idade.

Essa profissional, de confiança da família, conhece profundamente a criança e já atua em seu desenvolvimento, sem atrapalhar o andamento das atividades. Ainda assim, a maioria das instituições não aceita que ela participe da rotina escolar, mesmo diante das tentativas dos pais de dialogar e explicar a importância do apoio especializado.

De acordo com Cássio, a situação é ainda mais dolorosa porque muitas dessas escolas se apresentam como “inclusivas”, mas, na prática, não estão preparadas para acolher as necessidades reais de crianças autistas. “A realidade é diferente do discurso”, lamentou o jogador, que destacou o sofrimento ao ouvir repetidas recusas.

Se não fosse por uma única instituição que abriu as portas, Maria Luiza não teria como estudar na capital mineira. Para o goleiro, a experiência é um retrato de como o direito à educação inclusiva ainda está distante no Brasil. “Não é só uma palavra bonita, é uma atitude”, reforçou.