O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), recém-eleito relator da CPMI do INSS, afirmou que pretende conduzir as investigações de forma rigorosa e transparente, destacando que o colegiado deve apurar responsabilidades desde o governo Dilma até a gestão atual. Em entrevista nesta quarta-feira (20), Gaspar ressaltou: “O Brasil não aguenta mais CPI ou CPMI que termina em pizza” e defendeu que os trabalhos sejam guiados pela verdade dos fatos.
Gaspar foi escolhido relator após a eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência da comissão, em uma articulação que derrotou as indicações feitas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e pelo presidente da Câmara, Hugo Motta. Ele informou que soube da possibilidade de assumir o cargo apenas no dia da votação e que a indicação contou com apoio do presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, e líderes do partido.
O deputado prometeu ouvir autoridades e especialistas ligados ao tema, incluindo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e reforçou o compromisso de identificar culpados e fechar brechas legais que permitam fraudes em benefícios de aposentados e pensionistas. “Minha vida toda como promotor de Justiça, combati o crime, e não vai ser uma CPMI que me desviará do foco principal”, declarou.
Instalada nesta quarta-feira(13), a CPMI terá 180 dias para investigar fraudes bilionárias no INSS. O pedido de criação da comissão foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), com apoio de 223 deputados e 36 senadores, e se baseia em investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União divulgadas em abril.











