38 municípios alagoanos tiveram seu sofrimento intensificado por conta da suspensão da Operação Carro Pipa (OCP) desde novembro do ano passado, sem água as populações vivem em condições precárias, isso de acordo com coordenadores municipais da Defesa Civil.
O coordenador da Defesa Civil do município de Santana do Ipanema, cidade localizada no Sertão alagoano, em declaração afirmou que a cidade está em uma situação preocupante e que há racionamento de água. “Vemos pessoas que tomam banho uma vez na semana, usam a mesma roupa para não lavar, racionam a água potável para consumo”, complementa.
Ele diz que o município está abastecendo, porém o volume necessário é maior do que o fornecido. “A Operação Carro Pipa abastecia comunidades cadastradas, onde água encanada não chegava. O município abastecia outras comunidades, que também não tem água encanada, mas que não eram abastecidas pela OCP. Com a paralisação, mais que o dobro de comunidades aumentaram”.
As alternativas que a população encontra para ter água são preocupantes por se tratar de água impropria para consumo, “Quando vem chuvas, eles conseguem acumular água em suas cisternas para utilizar alguns dias. As pessoas racionam banho e afazeres domésticos, como lavar pratos e roupas, ou então pegam água em barragens”.
Valter Madeiro, coordenador regional da Defesa Civil no Sertão, explica o motivo de ainda não ter sido declarada situação de emergência, “Só pode decretar emergência quando no período de chuvas a chuva foi pouca. Nem que a gente queira decretar a gente está impedido porque lá na frente vai precisar de um relatório da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, e lá diz a quantidade que choveu no período. Só que esses milímetros que choveram no período não foram suficientes para juntar água para o povo”.
*Com Tribuna Hoje