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23 anos de prisão: acusado de matar filha e deixar companheira tetraplégica é condenado em Santana do Ipanema

No desfecho do júri popular em Santana do Ipanema, Claudianor Alves de Freitas, acusado de um terrível crime ocorrido em 2016, foi condenado a 23 anos e quatro meses de prisão. O juiz Elielson dos Santos Pereira, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Santana do Ipanema, presidiu o julgamento.

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O crime abominável aconteceu no Sítio Poço da Areia, uma área rural do município. Claudianor disparou contra o pescoço de sua companheira, Rita de Cássia Silva Soares, que estava grávida de 24 semanas na época. Embora tenha sobrevivido, a lesão resultou em tetraplegia, deixando-a incapaz de realizar qualquer trabalho e dependente de cuidados contínuos.

Além da pena de prisão, Claudianor foi condenado a pagar uma indenização de R$ 100 mil a Rita de Cássia como reparação pelos danos morais causados pela violência doméstica. Ele começará a cumprir sua pena em regime inicial fechado, de acordo com a decisão do magistrado.

O juiz Elielson dos Santos Pereira ordenou a prisão provisória de Claudianor para preservar a ordem pública, considerando a gravidade do crime e em respeito às instituições, à credibilidade do judiciário e à paz social, como expresso em sua sentença.

O conselho de sentença, composto por jurados populares, qualificou o crime como homicídio doloso, agravado pelo feminicídio e pelo fato da vítima ser menor de 14 anos, no caso, Ana Vitória. Quanto à lesão corporal contra Rita de Cássia, o conselho reconheceu as qualificadoras de “perda ou inutilização do membro, sentido ou função” e “incapacidade permanente para o trabalho”.

É importante ressaltar que, de acordo com o processo, Rita de Cássia havia sido vítima de diversos tipos de violência de gênero durante os três anos de relacionamento com Claudianor. Além disso, desavenças com familiares de Rita podem ter contribuído para a tragédia.

No dia do crime, Claudianor confrontou Rita sobre uma visita à casa de sua tia, e diante da ausência de resposta, ele recorreu a um revólver e disparou contra ela. O tiro atingiu a medula de Rita, acelerando o parto de Ana Vitória, que, infelizmente, não sobreviveu após o nascimento.

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